Em Câmara de Lobos, a procura por um bom sorvete (ou, para ser mais preciso, por um "gelado", como se diz por cá) não é apenas uma questão de refrescar a boca num dia quente, é quase um rito de passagem para quem quer sentir o pulso da ilha. Afinal, a Madeira convida a passeios que, invariavelmente, terminam com a necessidade de algo que seja tanto reconfortante quanto autêntico. E aqui, o gelado é mais do que um doce; é uma extensão da generosidade da terra, uma forma de levar os sabores tropicais — maracujá, manga, anona — para um formato que se saboreia a cada lambidela. Porque é que se deve procurar isto aqui? Porque os ingredientes estão, literalmente, à porta, colhidos e transformados com um know-how que se sente na intensidade de cada sabor, uma memória degustativa que perdura muito depois de a última gota ter sido saboreada.