A cultura gastronómica do Pico, nos Açores, é um convite irrecusável, especialmente quando falamos de 'bares de vinhos'. Por que razão se deve procurar essa categoria aqui? A resposta é simples e tão robusta quanto as rochas vulcânicas da ilha: o Pico é o berço de uma viticultura heroica, reconhecida como Património Mundial da UNESCO. Não estamos a falar apenas de uvas e fermentação; estamos a mergulhar num legado de séculos, onde a vinha cresce em currais de pedra negra, protegida dos ventos atlânticos. Cada gole é uma jornada pela história e uma homenagem ao trabalho árduo dos picarotos, que contra as adversidades da natureza, produzem vinhos com uma mineralidade e salinidade únicas, impossíveis de replicar noutros terroirs. É um brinde à resiliência e à autenticidade que se manifesta em cada garrafa, seja um Verdelho seco, um Arinto dos Açores ou até mesmo um vinho de cheiro, tão característico da ilha.