Em Nazaré e Óbidos, a busca pelo "frango da guia" é quase um rito de passagem. Não é apenas frango assado, é um pedaço da alma portuguesa, o sabor da brasa que perfura a carne tenra, uma alquimia de piri-piri que dança na língua sem a queimar. A sua singularidade reside na simplicidade e na mestria. Este frango, muitas vezes pintado com uma emulsão secreta de colorau e alho, grelhado sobre carvão de lenha, oferece uma profundidade de sabor que os métodos industriais simplesmente não conseguem replicar. É um almoço sem pretensões, mas que se eleva acima da expectativa comum, oferecendo um vislumbre da culinária regional no seu esplendor mais autêntico e despretensioso.