Poder-se-ia perguntar: por que motivos viriam a Azeitão ou à vasta beleza da Arrábida à procura de churrasco, algo que se encontra um pouco por todo o mundo? A resposta é simples e reside na singularidade da paisagem e na inigualável qualidade dos produtos locais. Imagine o fumeiro que perpassa no ar, não de carvão industrial, mas de lenha de azinho ou oliveira, árvores que pontilham estas colinas. É a proximidade dos pastos, o cheiro a alecrim selvagem que se entranha na carne, o que confere ao "churrasco" ou, como gostamos de dizer por aqui, ao "grelhado no ponto", um sabor que não encontrará replicado nem em cidades vizinhas, nem em paragens distantes. A brisa do Atlântico e a secura do chão de serra criam condições únicas para a criação de gado e para o corte da carne, resultando em peças que, quando levadas à grelha, entregam suculência e um aroma que é a própria essência desta terra.