Alcântara, para quem não conhece bem os cantos de Lisboa além dos postais, pode parecer um emaranhado de velhas fábricas e bairros operários. Mas é exatamente nessa tapeçaria de contrastes que o ramen encontrou um terreno fértil. A razão para vir aqui, em vez de se contentar com uma versão pasteurizada no centro, é simples: a alma. A alma que os moradores, sejam eles artistas no LX Factory ou as famílias que há gerações habitam as vielas, injetam nos seus pequenos negócios. O ramen em Alcântara reflete uma autenticidade que é mais suada do que polida, mais resultado de paixão do que de marketing. É onde se sente que cada tigela tem uma história, não apenas uma receita.