Em Alfama, entre os becos sinuosos e o aroma a sardinha assada, encontrar comida chinesa pode parecer uma excentricidade, mas é precisamente essa dicotomia que a torna intrigante. A história migratória de Lisboa, em particular, presenteou a cidade com uma comunidade chinesa vibrante, muitas vezes discreta, mas que deixou a sua marca na tapeçaria gastronómica. Procurar esta cozinha aqui não é apenas encontrar mais um prato asiático; é descobrir uma camada menos explorada da Lisboa contemporânea, onde sabores ancestrais de outras paragens se entrelaçaram com o pulsar do bairro mais antigo da cidade. É uma oportunidade para vivenciar uma fusão cultural autêntica, longe dos roteiros habituais, e provar que a globalização gastronómica chegou mesmo às ruelas medievais.