Quando se visita Ílhavo, a busca por tapas, ou melhor, petiscos, é uma oportunidade de mergulhar numa cultura gastronómica que resiste à pressa. Aqui, o petisco não é uma moda passageira mas sim um pilar da convivialidade, uma herança transmitida de geração em geração. É na partilha de uma travessa de choco frito com um copo de vinho da região que se desvenda o verdadeiro pulsar da comunidade, longe das pretensões de uma refeição formal. Provar os petiscos de Ílhavo é participar num ritual social, onde cada garfada conta uma história de séculos de pesca e tradição marítima, e onde se sente o orgulho local em cada ingrediente fresco.