Em Carvoeiro, no Algarve, o mar não é apenas uma vista, é uma promessa. Os "frutos do mar" aqui, mais do que uma categoria culinária, são um testemunho da relação secular da região com o Atlântico. Não se trata apenas de peixe fresco; fala-se de percebes apanhados nas rochas bravas da costa, de amêijoas que se enterram na areia das rias e de ostras cultivadas em baías protegidas. A razão para os procurar aqui é simples: a proximidade com a fonte significa que o sabor do oceano chega direto ao prato, sem intermediários ou longas viagens. É uma experiência gustativa que reflete a alma piscatória do Algarve, onde a frescura é um direito inalienável e a sazonalidade, uma lei natural.