Em Matosinhos, a busca pelo cachorro-quente não é uma mera questão de fome corriqueira; é quase um ritual. A proximidade com o mar, o cheiro a maresia misturado com o fumo das grelhas, confere a este prato, aparentemente simples, uma identidade única. É de salientar que a forma como aqui se prepara o cachorro-quente, muitas vezes prensado e com pão fresco, assemelha-se a uma evolução mais robusta do "hot dog" americano, elevando-o a algo mais substancial e satisfatório, perfeito para um dia ventoso na costa. Não se trata apenas de carne e pão, mas de uma experiência gastronómica que reflete a alma operária e a vivacidade desta cidade portuária, tornando-o um pilar cultural que vale a pena desvendar para quem procura um sabor genuíno.