A Península de Tróia, com a sua costa virgem e o estuário do Sado a servir de pano de fundo, pode não ser o primeiro lugar que vem à mente para uma incursão japonesa em Portugal. No entanto, a frescura impecável do pescado local, desde o atum que cruza estas águas até aos camarões da costa, oferece uma tela incomparável. Este não é o seu japonês de fusão habitual de centro comercial. A proximidade aos viveiros e à pesca artesanal significa que os chefs, se dignos do peixe, conseguem apresentar nigiris ou sashimis onde o sabor do mar é o protagonista, não um mero coadjuvante. Procurar "japonês em Tróia" é procurar, ou pelo menos devia ser, a simbiose entre as técnicas orientais e a riqueza genuína do Atlântico e do Sado.