Em meio à opulência vegetal do Parque de Monserrate, a procura por sushi pode parecer, à primeira vista, uma inesperada tangente culinária para quem vem à serra de Sintra. Contudo, é precisamente essa justaposição que a torna fascinante. Por que, então, deveria alguém, entre a majestade das palmeiras e a delicadeza dos rododendros, aventurar-se pelos sabores do Japão? A resposta reside na qualidade e no inesperado. Longe da pressa dos centros urbanos, a Sintra que não é apenas pastel de nata soube importar e refinar uma arte que exige precisão e frescura. Pense nisto como a descoberta de uma orquídea rara num jardim botânico já deslumbrante: uma beleza adicional, cultivada com esmero e que, no seu contexto singular, oferece uma experiência gastronómica apurada, com peixe que chega fresco diariamente, transportado com o mesmo cuidado que se teria para uma obra de arte até um museu.