Quando se visita Faro, a tentação é muitas vezes virar-se para o peixe fresco, e com razão. No entanto, ignorar os bolinhos da região seria perder uma fatia autêntica do Algarve que oferece mais do que apenas um doce. Estes pequenos prazeres, longe das cadeias internacionais, representam uma herança que se sente na textura e no sabor. São uma ponte para a doçaria conventual e familiar portuguesa, oferecendo uma doçura que raramente se encontra noutros recantos da Europa, onde o açúcar é muitas vezes apenas um aditivo e não a estrela da companhia. Buscar os bolinhos aqui é descobrir um legado culinário, uma arte transmitida e um sabor que se aninha na memória, distinto das criações mais comerciais.