Por que haveria alguém de se aventurar pelas ruelas históricas da Graça e de São Vicente em busca de Francês? Simplificando, estes bairros, que se agarram às colinas de Lisboa como lapas a rochedos atlânticos, oferecem uma interpretação da culinária francesa distante da polidez das margens do Sena. Aqui, a cozinha francesa não é algo imposto, mas uma herança, cultivada em solo português com um travo marítimo único. É a oportunidade de saborear pratos que, embora reconhecíveis, adquirem uma profundidade e um caráter que apenas a mistura de culturas e histórias milenares pode proporcionar. Não é uma réplica, é uma conversão; uma ode ao savoir-faire francês, mas contada com a alma alfacinha.