Em Graça e São Vicente, o Japonês não é meramente uma moda; é uma adição quase orgânica ao mosaico gastronómico local, merecendo a sua atenção. A razão para procurá-lo aqui, ao invés de o fazer nos circuitos mais óbvios da cidade, reside na sua integração. Estes bairros, conhecidos pela autenticidade e por uma certa teimosia em manter as suas tradições, tornam-se um terreno fértil para a gastronomia japonesa que evita a pasteurização. Aqui, a oferta é frequentemente mais artesanal, menos preocupada com o espetáculo e mais focada na delicadeza e precisão que definem o verdadeiro sushi ou sashimi. Não se trata de uma replicação genérica de cadeias globais, mas sim de locais que se esforçam por trazer uma vertente mais genuína e por vezes inesperada do Japão, adaptada ao paladar lisboeta sem perder a sua essência. É onde a surpresa se encontra com a expectativa de algo bem feito.