Valença do Minho, uma vila muralhada que há muito serve de charneira entre Portugal e a Galiza, não se destaca primeiramente pela sua culinária indiana. Contudo, para o viajante que depois de passear pelas muralhas estreladas e descobrir a história escondida em cada pedra da fortaleza, anseia por algo diferente, este é um encontro inesperado. A demanda, ainda que nicho, por sabores que evoquem as rotas das especiarias que outrora moldaram o comércio de Valença, justificou a sua presença. É uma pausa exótica e aromática, uma forma de viajar sem sair da fronteira, onde cardamomo e cominho trazem um calor diferente ao paladar minhoto.