No Funchal, o cachorro-quente não é uma refeição apressada ou de conveniência que se consome a caminho de algo mais importante. É, antes, uma instituição modesta, mas teimosamente presente, que encapsula a irreverência e o engenho da gastronomia local. A sua procura não reside na sofisticação gourmet, mas sim na exploração de um prato que, de forma quase subversiva, se transformou de um lanche simples num ponto de encontro cultural, onde a simplicidade da salsicha e do pão se encontra com temperos e acompanhamentos que só aqui fazem sentido. É uma oportunidade para o visitante mergulhar num aspeto da culinária funchalense que escapa aos folhetos turísticos, revelando a alma pragmática e deliciosa de um petisco que muitos residentes consideram um conforto genuíno.