Ramalde, embora predominantemente residencial, esconde um tesouro para quem aprecia a pausa e o ritual do chá. Longe da efervescência turística mais óbvia do Porto, aqui encontra-se uma abordagem mais autêntica e calma à pastelaria e às infusões. A tradição de “cinco horas” pode não ser tão rigidamente britânica, mas a busca por um espaço onde o tempo abranda para um doce e uma bebida quente é profundamente portuguesa, um refúgio da pressa. É um convite a desacelerar, saborear sem ser apressado, e observar o quotidiano portuense desfilar lá fora – uma experiência que o centro histórico, muitas vezes, já não consegue oferecer com a mesma serenidade.