Barcelos, aninhada em Braga, não é apenas o berço do galo lendário, mas também um epicentro para quem procura a alma gastronómica do norte de Portugal. Aqui, a crêpe, ou como se diz por estas bandas quando se refere a algo mais substancioso, a ‘francesinha doce’ ou ‘panqueca elaborada’, transcende a mera sobremesa. Torna-se um elo com a tradição local, um pequeno pedaço de arte que reflete a doçura e a inventividade minhota. Os barcelenses, com o seu paladar apurado, transformaram este crepe, que nos chega com um toque francês, numa tela para os seus ingredientes exóticos e doces confecções, provando que a simplicidade da massa pode ser extraordinariamente complexa na sua execução e sabor. É nesta cidade que a crêpe deixa de ser um mero capricho parisiense para se tornar uma expressão autêntica da identidade local.