Ah, Barcelos e os seus afamados sanduíches, ou como muitos por cá preferem, sandes. A pergunta surge, por que diabos alguém deveria procurar esta forma tão específica de gastronomia aqui? A resposta não está nos folhetos turísticos. Está na alma de uma vila que, apesar de ser o berço do galo mais famoso de Portugal, mantém a sua autenticidade na mesa. Aqui, a sandes não é um mero pão com algo dentro. É uma arte, um refúgio rápido entre as compras no mercado semanal ou uma pausa merecida para o trabalhador. É onde a carne assada lentamente, com segredos passados de geração em geração, encontra o pão fresco do dia. É a simplicidade elevada, o sabor que nos remete à cozinha da avó, mas com uma agilidade que se encaixa na vida moderna. Vêm a Barcelos por muitas razões, mas a sandes oferece um vislumbre genuíno do que é comer como um local, sem pretensão, apenas puro sabor.