Perguntam-nos frequentemente por que diabos alguém viria a Sesimbra ou à Arrábida para comer sushi. A resposta é singela: a proximidade com o mar. A região, abençoada pela corrente do Atlântico e a confluência de rios que nutrem uma fauna aquática rica, oferece peixe e marisco de uma frescura ímpar. Este não é o sushi de cidade grande, onde a frescura é muitas vezes uma corrida contra o tempo. Aqui, o que comeu de manhã esteve ainda a nadar pela madrugada, e isso faz toda a diferença para o purista do peixe cru. É uma experiência diretamente ligada à matriz marítima da terra, onde a perícia do sushiman eleva, e não mascara, a qualidade intrínseca do produto.