Se está em Coimbra, na zona de Santa Clara, e tem um apetite que não se contenta com o trivial, o seu paladar pede um “Francês”. Não se trata de uma lição de história ou de uma viagem a Paris, mas sim de uma manifestação genuína da culinária portuguesa, uma espécie de sanduíche reinventada, ampliada e elevada ao estatuto de refeição. É uma experiência que desafia as convenções, onde o queijo derretido abraça carnes várias e um molho fumegante coroa a obra. A razão para procurá-lo nesta área, e não noutra esquina qualquer, reside na fusão de tradição e inovação que Coimbra, por si só, personifica. Aqui, a cozinha reflete a alma estudantil e a herança secular, criando um “Francês” que é tanto reconfortante como surpreendente, uma prova de que a simplicidade, quando bem executada, alcança a grandeza.