Na Torre, o ponto mais alto de Portugal Continental na Serra da Estrela, a procura por uma boa sobremesa não é apenas um capricho, mas uma necessidade essencial pós-caminhada. Após horas a desbravar trilhos graníticos e a absorver a imponência da paisagem, o corpo anseia por uma recompensa doce que seja tão autêntica quanto a própria serra. Aqui, a confeitaria reflete a resiliência e a riqueza da região, com influências que se estendem dos pastores aos conventos. Esqueçam as banalidades; o que se busca é a alma da Serra em cada colherada, uma doçaria que fala de neve, de rebanhos e de um legado ancestral. É por isso que vale a pena desviar o olhar do prato principal e dedicar-se com afinco a encontrar o lugar onde o açúcar se encontra com a tradição.