Em Évora e por todo o Alentejo, a cultura do cachorro-quente é uma prova da inventividade da cozinha popular portuguesa. Longe das conotações americanas que o nome pode sugerir, o cachorro-quente alentejano é uma experiência singular onde a simplicidade dos ingredientes locais – um bom pão, uma salsicha de qualidade, e o molho especial que cada tasca guarda a sete chaves – se encontra com a tradição de uma refeição rápida, mas com alma. É de procurar este ícone gastronómico não por ser um prato de luxo, mas por ser um espelho fiel da autenticidade e do paladar descomprometido da região, uma pequena ode à arte de transformar o trivial em algo memorável.