Aventureiros gastronómicos em São Miguel, preparem-se para desvendar um segredo local: o cachorro-quente. Longe das suas congéneres continentais, a versão açoriana é uma criatura de hábitos distintos, nascida da inventividade insular e da disponibilidade de ingredientes. Não é a sofisticação da estrela Michelin que aqui se procura, mas a autenticidade de um petisco que se tornou um pilar social, um ponto de encontro, uma forma rápida e saborosa de satisfazer a fome açoriana. Por que procurar? Porque é um espelho saboroso da alma micaelense, uma prova de que a simplicidade, quando bem executada e enraizada na cultura, pode ser uma experiência memorável. É a resposta insular à culinária de rua que, de Lisboa aos confins do mundo, celebra a arte de comer bem, sem formalismos.