Nas Açores, especificamente em São Miguel, a cultura de partilha de comida é um tesouro. Por que procurar os "petiscos" (nunca digas tapas, aqui são petiscos) neste arquipélago? Ora, porque aqui, o peixe fresquíssimo que saiu da água mal há umas horas é transformado com uma simplicidade que roça a genialidade – os sabores do mar não precisam de máscaras. As carnes, provenientes de pastagens verdejantes que o Atlântico tempera com brisa salgada, são confecionadas de modo a realçar cada fibra. E os queijos? São uma tapeçaria de texturas e aromas, moldados por gerações de mãos sábias. Não é a moda da tapa; é a essência do convívio açoriano, onde cada prato é uma pequena história a ser contada e partilhada.